Época de guerra, todos os condes, príncipes, duques se unem para lutar contra Moragath, o senhor do monte Trevas. Não é a primeira vez que essa batalha está prestes a acontecer, a quinze anos Moragath atacou, mas foi derrotado, nenhuma de suas tropas sobreviveram. Expulso das redondezas, acabou indo parar do outro lado do continente, para as Montanhas da Morte.
Arald, o um dos condes de grande importância para todo o reino, foi nomeado rei, ele era o único em que todos podiam colocar a confiança. Ele também era o conde de Arualem, uma cidade de grande importancia militar.
Fill, um menino jovem de quatorze anos, foi deixado no fim da primeira guerra na porta do castelo do conde Arald. Este, após ler uma carta que dizia que o pai daquele menino havia morrido na batalha que decidiu essa primeira guerra, acabou por ter um afeto pelo garoto, e decidiu coloca-lo como um dos "queridos" do rei.
No total haviam 5 "queridos" do rei. Fill, Horace, Helena, Anelia e Diego. Todos haviam suas razoes para serem queridos pelo rei. A vida deles sempre foi consideravelmente boa, apesar de não ser o luxo como o de um filho de um rei. Eles moravam dentro do castelo, perto da torre onde o rei dormia, em uma casa não muito grande, mas o bastante para morarem cerca de oito pessoas.
Quanto aos queridos, nada muito de diferente de jovens normais, Helena adorava cozinhar e comer, Diego era ótimo em convencer as pessoas, Anelia sempre se opunha a Diego debatendo horas e horas com ele. Já quanto a Fill e Horace, os dois pareciam cão e gato, viviam brigando, porém, Horace sempre se saia bem, ele era mais alto e mais forte do que o outro garoto que era baixo porem ágil.
Chegando agora aos quatorze anos, todos os jovens iam para uma escola de profissão. Guerreiro, politica, cozinheira, eram o que os garotos queriam. Horace e Fill queriam ser guerreiros, Anelia e Diego queriam algo na politica e Helena queria ser cozinheira.
Chegada a hora deles serem escolhidos, Arald os chama para seu gabinete para que os mestres dos oficios os escolhessem ou não.
-Bom, todos estão aqui certo?- falou Arald ao lado dos mestres.
-Sim, todos nós estamos.- falou Diego e logo depois como em um cânone Anelia.
-Então, talvez possamos começar com isso.-Arald falou levantando a sobrancelha ao ver o que tinha acontecido.
-Então se for assim eu começarei.-Falou Felicia, a responsável pela politica ou cargos de politica do reino.- Parece que temos dois concorrentes aqui para entrar em minha diciplina. Ficarei com os dois que falaram primeiro, aquele quem fala primeiro se dão bem com a politica.
-Que seje. Diego, Anelia, vocês já podem sair.
-Minha vez então?- perguntou o chefe de cozinha Roland.- Bem, analizando essas crianças por vista, aparentemente essa fofinha aqui -apontou para Helena- me parece que gosta muito de cozinhar, posso ver que esqueceu até de deixar sua colher na cozinha.
-Não esqueci senhor, apenas não gosto de ir a nenhum lugar sem ela.- falou Helena.
-Ora ora, se não é uma atitude de um cozinheiro nato.
-Já imaginava que isso aconteceria.-comentou Arald.
-Bom eu sou o ultimo então. -falou Frostwolf, general da guarda do reino, um homem alto, forte e trajado com parte de uma armadura.
-Eu quero ir. -falou Horace.
-Imaginei, você tem o porte fisico de um belo guerreiro.
-Eu também. -falou Fill interrompendo o general.
-Vejamos o que temos aqui.- Frost analizou o garoto, não tinha o porte fisico, muito menos a altura necessaria.- Não sei se posso fazer alguma coisa por você.
-No mesmo instante, um vulto atravessou a sala. Um homem vistido em uma capa cinza manchada entregou uma papel para Arald, e olhou para o garoto mais baixo. Um olhar frio, mas curioso.
-Parece então que todos já foram escolhidos. Apartir de amanha os novatos ja poderam ir para suas escolas. E você Fill, amanha conversaremos.- e deixou o papel na mesa.
A noite, Fill sabia que tinha de olhar aquele papel. Ele esperou para que todos dormissem e saiu para ver o que tinha no papel. Ele sabia que iria ter um guarda ali para proteger então teria de entrar pela janela. Sabendo das possibilidades ele viu que tinha uma maneira subindo em uma arvore que por sorte dele dava de frente para a sala onde estava o papel. Ele subiu. O guarda que estava de vigia percebeu algum barulho. Olhou para os lados, olhou para a arvore. Fill tinha certeza que estava sendo visto, mas não se mecheu. Não vendo nada, o simples soldado voltou a vigiar. Vendo que tinha a chance de novo, Fill entrou na sala, viu que o papel ainda estava ali.
Ele ja estava pegando o papel quando uma mão segurou o seu ombro.
Uma luz, escura, no fim do tunel.
Uma luz, escura, no fim do tunel.
Era pra ser tudo secreto. Entrar sem ser visto, ler o que dizia sobre Fill, e sair, mas algo tinha dado errado. Talvez alguém o havia seguido, porém logo descartou essa opção já que tinha entrado pela janela. Talvez Arald ainda estivesse na sala cochilando e Fill cometeu um erro pensando que não havia ninguem. De qualquer forma, sabia que iria ser punido severamente.
-Muito bem. Bem como eu previ.- disse quem o segurava.- Bem vejamos agora o que o barão ira fazer.
Com medo, Fill acabou olhando para ver quem o tinha pego. Era a mesma pessoa que tinha deixado a carta com Arald e apontado para ele. Fill pensou ter visto de relance, dentro do capuz cinza um sorriso, mas assim que viu o olhar frio daquele homem, pensou ter sido apenas uma imaginação.
-Aconteceu como você previa então Halt?
-Sim Arald. O menino me mostrou ainda mais, vi que tem as qualidades básicas de um arqueiro, mas ainda assim, precisa de treino para melhorar sua técnica.
-Uh? Como....eu fiz? Arqueiro?
-Sim Fill. Halt já o tinha escolhido muito antes dessa escolhas de profissão.
-Mas....como?!
-Lembra-se como você conseguiu entrar furtivamente na cozinha e roubou uma torta sem que ninguém o percebesse? Ou ainda quando você se sente ameaçado e se esconde em sua arvore, ou seu esconderijo e fica la de uma forma que ninguém o percebe? Pois são essas algumas das habilidades dos arqueiros. Entrar sem ser visto, ver sem ser notado ou ainda, passar pelas pessoas sem que elas percebam, como você fez agora mesmo quando passou pelo guarda.
Fill não sabia o que falar. Ele sempre pensou que as vezes que tinha ido na cozinha "beliscar" ninguém o tinha visto, ou que ninguém o via naquele lugar da arvore onde se escondia depois de irritar Horace. Com certeza, aquele arqueiro era uma pessoa misteriosa, e sabia de muita coisa que poderia encrencar Fill.
-Não se preocupe Fill.-disse Arald.-Halt já havia me dito sobre essas suas habilidades, e não vou castiga-lo por algo do passado. Halt havia me dito hoje mais cedo que queria que você fosse para o corpo de arqueiros e fosse treinado por ele.
-Mas... não sei se quero.
-É a sua unica chance de não ser um simples camponês enquanto seus amigos tem algum oficio de grande importância para o reino.
-Mas...
-Nada de "mas" Fill, não quero um dos meus protegidos vivendo como um simples camponês. Treine-o Halt, depois veremos o que ele nos diz.-falou se dirigindo para Halt- Portanto, amanha você ja pode se apresentar na cabana dele, no lado de fora do castelo.
-Não se preocupe, qualquer coisa irei aparecer pela sua casa mais cedo.
Tudo o que é simples esconde algo
Era uma cabana feita de madeira de carvalho e pedras de rio. No fundo, Fill sabia que aquilo seria sua casa nos próximos dois ou três meses, o que seria mais ou menos o tempo que Halt o aturaria e o mandaria de volta para Arald, mas mesmo assim, ele pensou que ser um arqueiro talvez tivesse suas vantagens e já que tinha algumas habilidades, porque não tentar?
Halt o havia tirado da cama cedo. "Um arqueiro sempre deve estar atento a tudo o que acontece e ser o primeiro a saber de tudo", disse ele ao garoto assim que conseguiu tira-lo da cama. Ele agora estava naquele cavalo de pequeno porte, Fill sabia que aquilo era um ponei, ou pelo menos parecia um, e não entendeu porque ele não usava um cavalo de verdade.
Halt o olhava com uma certa expressão de que sabia que ele ia fazer de tudo para não ser um arqueiro, mas ele tinha planos para convence-lo de que aquilo era o que ele tinha de ser.
-Bom já chegamos, portanto você pode fazer uma pequena limpeza aqui.
-Eu? Mas eu sou seu aprendiz, não seu criado.
-Vai ser parte do seu treinamento, agora vá.- Mas Fill o olhava com uma cara de quem não sabia o que fazer.- Comece limpando a cozinha e depois vá pegar um pouco de água, você vai precisar pra fazer o jantar e lavar as louças.
Fill percebeu que não tinha como não sair dali se não obedecesse algumas vezes ao arqueiro.
Duas semanas se passaram desde que Fill foi morar na cabana do arqueiro Halt. Tudo havia mudado. Talvez não tudo, mas a maioria. O aprendiz estava em duvida sobre o que realmente queria, ser um guerreiro como tinha sido seu pai, ou ser um arqueiro.
Fill não sabia quem tinha sido seu pai, mas sabia que quando tinha sido deixado em frente ao castelo de Arald, uma carta que dizia que seu pai havia morrido na batalha contra Moragath. Dizia também na carta que devido a coragem do pai daquela criança, ela deveria ser tratada como um querido do rei.
Fill certamente não sabia, mas Halt, que havia lutado também na mesma batalha que seu pai, o havia conhecido, porém apenas em seus últimos momentos, mas o arqueiro também não queria revelar isso agora já que poderia influenciar na decisão do garoto.
Depois de alguns treinos com arco e flecha e de "brincarem" de pique esconde, Fill percebeu que ser um arqueiro realmente tinha suas vantagens, sempre que tinha de encontrar Halt, ele não encontrava, e quando o arqueiro realmente se revelava, ele estava praticamente a vista, e quando se escondia, não demorava três minutos e era encontrado. Apesar disso, sabia que se quisesse ser um arqueiro teria de se esforçar mais.
Com um mês de treino, Halt recebeu uma carta, contendo uma missão.
-O que é?- perguntou o garoto.
-Não sei se devo contar. É extremamente sigiloso.
-Mas o que é?-insistiu o garoto.
-Provavelmente uma missão.-Halt sabia que era, mas queria que o garoto se esforçasse mais para descobrir.-Só irei contar-lhe caso você passe a acertar pelo menos metade dos alvos em menos de uma semana.
-MAS É IMPOSSÍVEL!-reclamou o garoto.
-Nada é impossível até que se tente realmente.
Tudo o que é simples esconde algo
Era uma cabana feita de madeira de carvalho e pedras de rio. No fundo, Fill sabia que aquilo seria sua casa nos próximos dois ou três meses, o que seria mais ou menos o tempo que Halt o aturaria e o mandaria de volta para Arald, mas mesmo assim, ele pensou que ser um arqueiro talvez tivesse suas vantagens e já que tinha algumas habilidades, porque não tentar?
Halt o havia tirado da cama cedo. "Um arqueiro sempre deve estar atento a tudo o que acontece e ser o primeiro a saber de tudo", disse ele ao garoto assim que conseguiu tira-lo da cama. Ele agora estava naquele cavalo de pequeno porte, Fill sabia que aquilo era um ponei, ou pelo menos parecia um, e não entendeu porque ele não usava um cavalo de verdade.
Halt o olhava com uma certa expressão de que sabia que ele ia fazer de tudo para não ser um arqueiro, mas ele tinha planos para convence-lo de que aquilo era o que ele tinha de ser.
-Bom já chegamos, portanto você pode fazer uma pequena limpeza aqui.
-Eu? Mas eu sou seu aprendiz, não seu criado.
-Vai ser parte do seu treinamento, agora vá.- Mas Fill o olhava com uma cara de quem não sabia o que fazer.- Comece limpando a cozinha e depois vá pegar um pouco de água, você vai precisar pra fazer o jantar e lavar as louças.
Fill percebeu que não tinha como não sair dali se não obedecesse algumas vezes ao arqueiro.
Duas semanas se passaram desde que Fill foi morar na cabana do arqueiro Halt. Tudo havia mudado. Talvez não tudo, mas a maioria. O aprendiz estava em duvida sobre o que realmente queria, ser um guerreiro como tinha sido seu pai, ou ser um arqueiro.
Fill não sabia quem tinha sido seu pai, mas sabia que quando tinha sido deixado em frente ao castelo de Arald, uma carta que dizia que seu pai havia morrido na batalha contra Moragath. Dizia também na carta que devido a coragem do pai daquela criança, ela deveria ser tratada como um querido do rei.
Fill certamente não sabia, mas Halt, que havia lutado também na mesma batalha que seu pai, o havia conhecido, porém apenas em seus últimos momentos, mas o arqueiro também não queria revelar isso agora já que poderia influenciar na decisão do garoto.
Depois de alguns treinos com arco e flecha e de "brincarem" de pique esconde, Fill percebeu que ser um arqueiro realmente tinha suas vantagens, sempre que tinha de encontrar Halt, ele não encontrava, e quando o arqueiro realmente se revelava, ele estava praticamente a vista, e quando se escondia, não demorava três minutos e era encontrado. Apesar disso, sabia que se quisesse ser um arqueiro teria de se esforçar mais.
Com um mês de treino, Halt recebeu uma carta, contendo uma missão.
-O que é?- perguntou o garoto.
-Não sei se devo contar. É extremamente sigiloso.
-Mas o que é?-insistiu o garoto.
-Provavelmente uma missão.-Halt sabia que era, mas queria que o garoto se esforçasse mais para descobrir.-Só irei contar-lhe caso você passe a acertar pelo menos metade dos alvos em menos de uma semana.
-MAS É IMPOSSÍVEL!-reclamou o garoto.
-Nada é impossível até que se tente realmente.